Nome: Bernardo Guadalupe S. L. Brandão
Idade:
21
Escolaridade: superior incompleto - Letras
Narrativa coletada por Rafaela Oliveira
Eu faço assim: pego uma língua, estudo ela durante um
tempo e depois deixo ela
de lado pra me dedicar a outra, mas geralmente com
a intenção de voltar a ela e aperfeiçoar. Vou ter que ser mais específico
então: francês
Tempo de aprendizagem - estudei sério durante
1 ano Estratégia: tive francês no colégio da 6a. até a 8a. série, mas
não aprendi quase nada: não estudei, não prestei atenção à aula e larguei
completamente no segundo grau. Quando eu entrei na faculdade, fui
fazer
francês no cenex. Fiz dois semestres, que me deram uma boa noção da
pronúncia e do básico da língua, mas não me permitiam ainda ter uma conversa
mais ou menos fluente nem possibilitava a leitura de livros. Só que, como
eu ia pra frança em janeiro, precisava ficar com
o francês bom e comecei a
estudar sozinho. Lembro que, em dezembro, nas férias, eu fiquei gripado, sem
sair de casa e passava o tempo estudando francês. O básico do francês eu
aprendi nas aulas, mas ele ficou razoável mesmo depois que eu estudei
sozinho. Minha estratégia: li o livro que usavam no cenex todo, um método
que tinha aqui em casa pequenininho que tinha uns textos em francês com a
tradução em
português do lado (ótimo para vocabulário) e, principalmente,
fiz a grammaire progressif du français (intermediaire) toda. Esse livro é
certamente um dos melhores livros que eu já peguei para estudar
sozinho uma língua, me fez dar um salto. Por fim, fiquei um mês na frança.
Falava muito
português, é claro, paris é a guarapari da europa e tem muita
gente conhecida lá (pelo menos do meu pai). Mas com certeza me ajudou
bastante no aprendizado. Hoje eu sei falar, escrever e ler em
francês razoavelmente bem. Vou também retomar o estudo da língua quando
sobrar tempo. Já até sei o que eu vou fazer: um método de fonética que eu
comprei em um sebo no rio, ver um pouco da TV 5 todo dia
e, principalmente, fazer a grammaire progressif du français (avançada),
que eu comprei em paris e que está guardadinha, até hoje, esperando o dia de
ser usada.
Conclusão
Eu prefiro estudar uma língua sozinho do
que em aula. Acho que tenho dificuldade de concentração nas aulas, fico
cansado. Prefiro estudar na hora que eu quiser e no meu ritmo. As aulas
geralmente andam bem devagar. Pra algumas línguas é bom pegar umas
aulas, quando a pronúncia é bem diferente. É o caso do alemão. Quanto mais
a gente estuda línguas, mais fácil fica de aprender e é mais possível de
estudar sozinho. É bom também usar mais de um método: eu gosto de usar um
método básico e ter uns livros com uns textos na
língua e com uma tradução do
lado, é um ótimo meio de conseguir vocabulário. Também acho bom, depois de
um tempo com o método, começar a sistematizar a gramática e decorar mesmo.
Faz bem pra memória e pro aprendizado da língua. Tem uns macetes que eu uso
pra decorar: uma
coisa de cada vez, é claro (por exemplo, primeiro só
o presente, depois o futuro, etc...), e sempre esperar um tempo. Dizem que
não é bom repetir tudo em seguida. É bom dar um tempo. E durante o dia é
sempre bom relembrar. Foi assim que eu decorei o sistema verbal grego, que
é muito grande e bem complicado.