Idade : 24 anos
Cidade : Leme
Escolaridade: Aluna do
curso de Letras de uma faculdade particular período noturno
Coletado por: Rita de
Cássia Barbirato
Data: 19/11/04
Desde as primeiras séries iniciais eu tinha um
interesse muito grande pela língua inglesa, sempre fingia que sabia falar e
cantava do meu jeito algumas canções da língua. Com 9 anos tentei entrar em
um curso de inglês mas meus pais não deixaram, tentava aprender sozinha com um
livro que tinha em casa, finalmente aos 15 anos tive a oportunidade de entrar em
um curso ao qual tive uma ótima adaptação, apesar de não ter uma boa
professora, me esforçava, fazia todas as lições solicitadas assim que chegava
em casa, enfim me considerava a mais dedicada do curso.
Uma metodologia que eu usava nessa
época e que se destacou foi escutar músicas acompanhando a letra e procurar as
palavras desconhecidas no dicionário.
Aos 18 anos comecei a ter aulas com a dona da escola foi então que ela
percebeu como eu era dedicada, fui mais protagonista do que espectador.
Participava ativamente das atividades em aula; ajudava a criar um ambiente de
inglês; analisava minhas dificuldades e meus erros para entender diferenças
lingüísticas e ajudava o instrutor a entendê-las também. Esforcei-me ao
Maximo para guardar minhas economias e poder participar com 20 anos de um
programa de intercâmbio em um país de língua inglesa, com duração de 1 ano.
Em todos os ambientes em que convivi (familiar, escolar, social) não houve
conterrâneos. Foi a forma mais perfeita de imersão total, de aprendizado e que
pude desenvolver a influência.
Iniciei minha carreira profissional
dando aula de inglês para crianças carentes da rede municipal e crianças que
moravam perto de casa, me dediquei, procurei material e o aprendizado foi contínuo,
também me ofereci para trabalhar como estagiária na escola a qual eu estudava
inglês foi quando apareceu a oportunidade de começar a lecionar em uma escola
particular.
Em um determinado momento em minha
vida resolvi fazer outro intercâmbio com duração de 10 meses, que foi
excelente pois tive acesso a diversas culturas e pessoas que falavam inglês nos
mais variados sotaques.
Para eu aprender inglês, não
significa terminar o Livro X do Cursinho Y, ou ter um certificado do Cursinho Z,
mas sim falar com naturalidade, sentir-se à vontade na presença de
estrangeiros, acompanhar filmes e as noticias da CNN, ter acesso a toda informação
disponível na Internet, argumentar, defender pontos de vista, falar ao telefone
em inglês, construir laços de amizade ou namorar em inglês, funcionar como um
ser humano normalmente funciona em sociedade, conhecer os costumes e as diferenças
culturais, notar quando alguém fala com sotaque. Tudo o que sei devo a um
conjunto de fatores, mas em partes, me considero uma autodidata, pois foi através
de muito esforço e força de vontade que alcancei todos meus objetivos.
Atualmente sou professora em duas
escolas de inglês, procuro falar unicamente na sala de aula para praticar e
ajudar a enriquecer o ambiente e continuo dedicando parte do meu tempo livre
para atividades suplementares como assistir TV ou filmes em inglês, música,
Internet, leitura e cursos.