Nome: Juliana Da Róz Rodrigues Lunardelli       

Idade: 24 anos                                                              Cidade: Leme

Escolaridade: Aluna do curso de Letras de uma faculdade particular período noturno

Coletado por: Rita de Cássia Barbirato           Data: 19/11/04

 

 

      Iniciei meus estudos em inglês aos treze anos, pois gostava muito do idioma.

      A escola em que estudei desde o primeiro livro possuía um método muito bom e qualificado.  As aulas eram divididas em dois tipos: pares e ímpares, sendo que as primeiras constituíam-se de textos que eram trabalhados da seguinte maneira: ouvíamos o texto na fita inicialmente, prestando atenção no vocabulário novo e no já conhecido, sem acompanhar no livro, após dizíamos à professora o que tínhamos ouvido e com sua ajuda tentávamos entende-lo (às vezes na língua materna e às vezes na língua inglesa), então já com o livro aberto acompanhávamos mais uma vez o texto. Em seguida fazíamos a leitura em inglês e a tradução; dúvidas que ocorriam eram explicadas pela professora (nos livros iniciais, em português e nos livros mais avançados em inglês). Na próxima etapa trabalhávamos em duplas ou pequenos grupos com perguntas a respeito do texto.

      Acredito que este tipo de aula (conversação) me ajudou muito a desenvolver a fala e a audição, bem como interagir com os outros colegas de classe.

      A aula ímpar consistia na aprendizagem de novos vocabulários, ou seja, de verbos, de palavras e de expressões, e era conduzida desta maneira: primeiro ouvíamos a parte de verbos na fita, depois a professora lia e nós repetíamos, então eram exercitados frases com os novos verbos (de maneira repetitiva); assim era feito também com o vocabulário e as expressões. Ao término do livro havia uma revisão geral.

      Devo salientar ainda que a cada final de livro eu procurava estudar inglês ouvindo a fita e repetindo as palavras, uma vez que para mim, estudar inglês foi muito prazeroso.

      Estudei nesta escola por quatro anos e seis meses, mas resolvi mudar, pois não estava me adaptando mais aos grupos com os quais eu tinha aulas. Os alunos, apesar de estarem no mesmo nível que eu, não tinham tanta empolgação quanto, não faziam as lições e não conseguiam acompanhar as aulas de conversação, a aula não fluía.

      A escola para a qual fui, possuía um método muito semelhante ao da anterior, diferia apenas nas dez lições a menos, mas que não tinham tanta importância, já que as aulas de verbos, vocabulário e expressões eram realizadas em duas aulas.

      Contudo o que realmente me motivou a continuar meus estudos por mais dois anos, foi o nível de linguagem dos meus colegas. Por serem mais velhos e trabalharem com a língua inglesa fora da sala de aula, eu me identificava com eles.

      Devo ressaltar ainda que nesta escola o método não era tão rigoroso como a anterior; possuíamos aulas diferentes com textos da atualidade (na língua alvo), músicas e simulações de situações reais (sempre propostas pela professora).

      No inicio do ano de 2003 voltei a ultima escola pela qual passei para tentar terminar os dez livros do curso (eu já me encontrava no oitavo livro). Fiz apenas um e não continuei no semestre seguinte: primeiro porque a sala era muito distinta, havia tanto aluno com um desenvolvimento na língua, como aqueles que não se expressavam corretamente. Acredito que foi uma falha da escola deixar isto acontecer, pois assim outros alunos poderiam estar desmotivados a aprender outra língua pelo mesmo fator.

      Um outro motivo pelo qual não continuei foi o fato de perceber no professor (e não só o qual me dava aula na época, os anteriores também) uma falha que me chateava: a falta de correção dos alunos que não se expressavam corretamente. Assim os alunos que estudavam, faziam suas lições e tinham boa conversa em inglês não eram muito motivados, e os que “atrapalhavam” a aula não percebiam seus erros, pois não tinha quem os corrigisse.

      Enfim acredito que desta maneira aprendi muito da gramática inglesa, um pouco sem saber o por que, entretanto sempre estudando a parte, consegui compreender algumas coisas que meus professores deixaram “passar em branco”, ou mesmo o método deixou a desejar.