10 ° entrevista
Sexo: Feminino

Meu nome é XXX, eu sou, acabei de ser concursada, né. Passei no concurso agora de 2008 e fiz letras na UFG, inglês e português, licenciatura em inglês e português. Minha experiência de entrar pra aqui, pro Colégio XXX, né, aqui no XXX. Antes disso eu só dava aula de inglês, é, pra escolas regulares, o Centro de Línguas da Federal, foi um dos lugares que eu dei aula, e lá eu trabalhava mais com adultos, porque lá é assim só acima do ensino médio, pra quem já tem ensino médio pra cima, então é mais de adolescentes pra cima.

Aqui na escola já são crianças, eu trabalho nessa escola aqui, com ciclo II, né, que seria no antiga terceira, quarta, e quinta série. A ciclo II, de manhã, a tarde é só ciclo I, de manhã, eu tenho oito turmas, três turmas de D, que é terceira série, três de E, que é quarta e duas de F. Mais ou menos na sala, a sala de mais ou menos cerca de quarenta, de trinta a quarenta alunos, menos de vinte e cinco eu acho que não tem em nenhuma sala, então isso é uma das diferenças que eu comecei a perceber, porque agora eu entrei, eu nunca trabalhei em escola regular, como agora que eu entrei, to notado algumas diferenças das particulares, de cursinho de inglês, tem menos alunos, lá no Centro de Alunos, no máximo vinte e seis, só que lá como todo mundo, vai adolescente, e adultos são disciplinados, eles estão lá pra aprender mesmo, então não precisa gastar tempo da aula pra chamar atenção de aluno, separar briga as vezes, porque as vezes um briga com o outro, e tudo, e então que rendi mais neste sentido.

Em todas as salas por semana eu tô dando aula duas praticamente, só uma F, que tem uma aula por semana, é número bom pra semana, e aula é de duração de uma aula, então tem essa diferença que eu falei, de números de alunos em sala de aula, que eu acho significativa, principalmente numa aula de língua, você tem que repetir muito, repetir, falar, conversar, ter essa interação, e se você perde tempo pra ficar chamando a atenção, acabe que, e outra que como é muito aluno, não são todos que estão concentrados, as vezes não são todos que estão importando mesmo com a máteria, então ai ficam dispersos e as vezes não aprendem mesmo.

Mais assim, eu como professora de inglês, eu acho que principalmente o que funciona música, eles gostam, eles cantam, é ficam interessados e com música dá pra fazer muitas coisas, e tem muito músicas de crianças pra estudar inglês, músicas com números, alfabeto, partes do corpo, e é isso que eu quero trabalhar também. Tem até uma musica com “ Ten botles” que eu comprei as garrafinhas, fui juntando garrafinha e trouxe, verdinhas de Guaraná Antártica, ai eu quero cantar, já cantei essa musiquinha e funcionou bem, na escola onde eu trabalhava funcionou bem, guarafinhas que eles gostam. Não sei como vai funionar aqui porque são muitos alunos, e o eu trabalhei até agora porque só tem um mês que eu to trabalhando aqui, tem só um mês que to trabalhando aqui, o que eu trabalhei até agora foi ‘introduce yourself”, ele tem que se apresentar, “Hi, what is your name? My name is fulano”, “and you? “ nice to meet you” “nice to meet too”.

Então eu ensinei isso, e pratiquei muita pronuncia, eles repetiram, repetiram, repitiram e no depois e fiz uma dinâmica com eles, assim, com essas três salas eu to fazendo a mesma coisa, e outra dificuldade que eu falei foi de alfabetização, não são todos que estão na terceira, quarta e quinta série, que sabem, que são alfabetizados, tem um mininim numa D, que é terceira série, que ele não sabe escrever do quadro, quando eu fui ensinar o alfabeto eu pedi para ele colocar lá, o alfabeto, eu vi que ele não fazia nada, que ele não tava fazendo nada, ai eu falei assim, João copia, porque fazer outra coisa que eu não preciso fazer no Centro de Línguas é passar confirindo se a pessoa tá copiando no caderno, não precisa, porque eles tem a propria responsabilidade deles, são conscientes que eles tem que escrever e se eu pedir eles escrevem, aqui não, eles demoram, esse menino como ele não sabe, desenha a letra no quadro,caderno, mas você não vai sair, não vai pro recreio, ele não fez nada o dia todo, ai outro menino, mais tia ele sempre foi assim desde a segunda série, ele não copia nada no caderno, ele tem dificuldade, ai eu percebi isso, e to olhando , mas quando eu fui passar o alfabeto, com a musiquinha que tem do alfabeto, o conteudo que eu dei nesse um mês, foi só se apresentar, o alfabeto e os números, não de um a vinte. É, então, quando a gente tava fazendo o alfabeto, com a música, ele tava cantando, então ele não gosta de escrever ou não sabe escrever.

A gente tem um horário de estudo aqui, a gente tem quatro aulas por dia, cinco vezes na semana são vinte, nesses outros horários que a gente não ta dando aula, a gente tem um horario de estudo pra planejar aula, corrigir alguma coisa que precisar e pegar os alunos que não tão conseguindo pra da reforço pra ele, esse é um que eu vou fazer reforço com ele. Eu sou formada em inglês e português, eu acho que vou tentar com ele primeiro em português e passar para o inglês. Ele tem que saber pelo menos o alfabeto Português e inglês. Então eu vi que ele tem dificuldade, esses dias eu conversei com ele, porque os meninos são muitos bons, ele fazem tudo que você pede, sabe, tudo que você pede, querem te ajudar, tia, tia, aqui é tia eu falo pra eles, eu falo, não é tia é teachear, alguns eles falam outros esquecem porque tem o hábito de falar toda hora, tia, tia. Deixa eu levar seu livro, seu caderno,então eles carreguem seu caderno, deixa eu levar seu livro pra sala, apagar o quadro, levar o som, eles gostam de ajudar a tia de ser assistente, então eu falei pra ele ó, porque tem que ganhar ele te alguma forma, você vai apertar play no som, quando eu pedir, mas se você quizer copiar o que tiver escrito no quadro no caderno, como a gente não tem livro, o mimiografo, a xerox e o que você copiar do quadro, ai ele falou que ia fazer, ai depois disso a gente só teve uma aula, ele pegu, eu pedi pra ele, escrever no quadro o alfabeto pra gente começar, ali ele foi pro quadro escrever, ele tia eu não sei, dai outro tia ele não sabe deixa eu, então esse é um dos problemas que eu vejo.

Os alunos não estão alfabetizados, estão na terceira série porque agora esse negocio de ciclo, ne, aluno não bomba, o que é dificel, e ta na terceira série, não ta alfabetizado, não sabe ler no quadro, não sabe escrever coisas que a gente aprende no pré, primeiro. Então essa é outra questão, que eu vi.

Então a primeira coisa que a gente viu foi eles se aprsentarem, falar o nome, depois disso vamo colocar isso em prática, como colocar isso em prática? Eu fez uma fila, uma fila de cá e fila de lá, um de frente pro outro na fila, eles tinha que falar assim um pro outro: “hi, what is your name?” “And you? My name is sicrano. My name is fulano, nice to meet to you, nice to meet too. Eles tinham que falar um pra outro, é apresentar, pegar na mão, nice to meet, ia rodando a fila, o que tava na frente ia pro fundo e ai rodando pra treinar o diálogo, para memorizar também, esse dialogo de apresentação, então assim eles aprenderam e gostaram também , porque tinha que pegar na mão, fazendo, pegar na mão, alguns não gostavam a é com fulano, queria pegar na mão, acho que é assim praticamos muito essas coisas, e na vida real, e depois mudavam um nome, depois cada um escolhia um personagem, ai vinham pegar o personagem e se apresentar, e falar a mickey, my name is miniee, porque eles já se conhecem e não tem necessidade de se apresentar. E essa coisa de “introduce yourself”, e o alfabeto eu to com plano de gravar porque câmera é uma coisa maravilhosa, ai a gente filma, vou filmando e gravo todos os meus alunos, fotográfo, tiro foto, porque eles se sentem a eu faço parte dessa turma, e ai to com planos de pegar um caderninho colocar uma foto deles, e o nome. Ai nesse caderninho que eu vou encadernar no final, então eu tirei fotos de todos, mas não foram todas as turmas, mais eu vou azer nas oito turmas, depois eu vou da um jeito de cortar tal, de revelar, porque quando revela muito sai mais barato, vou recortar e vou colar num chaméx, para eles virem o que, forem colar também eles vao fazer um dialogo também, com os mumbers.

Por exemplo com os numbers o que ele pode falr com os numbers a idade deles, vou ensinar a idade também, apesar de não estar lá eu acho importante, how older do you? Eles eles vao falar a idade com nome, primeira etapa eles vao fazer tipo um textinho, my name is fulano, I am... years old, e ai algumas coisas que agente vai aprender aui, então é uma caderninho pra cada turma com a foto de cada um, eles vão me entregam eu corrijo, então cada turma vai ter um caderninho com a foto do aluno e os dados dele tudo em inglês, escrito por eles, coisas que a gente aprender ao longo do ano, então vai dar pra trabalhar bem, porque é um ano todo, semestre da pra trabalhar bem, porque com os meus alunos é só um semestre aqui é o ano inteiro.

Então eu filmei varias turmas cantando o alfabeto, e to salvando la no meu computador, tem lá D, f, cantando , também tem uma sal que quiz apresentar, dançar, então é isso. Então o alfabeto tem varias dinamicas que a gente pode fazer, eu não sei se eu já falei, mas o , jogo da forca, how do you speel, eles ja´aprenderam color, eles já aprenderam, eu fiz com number, how do speel four?, em seguida, eu coloco no jogo da forca, escrevo lá os espacinhos pra four, dai um time e o outro, ai fazem aquele jeitinho o jogo da forca.

Outra atividade que dá para fazer com o alfabeto é o que eu fiz hot potatoes, batata-quente, ele vao passando a bola a hora que a bola, a musica para, quem ta com a bola tem que falar o nome dele, so que essa atividade, é so para para os alunos que sabem mesmo, para os estao prestando atenção, ou que ficam brincando, em muita parte da aula, porque a maioria não ta prestando atenção e participando, só quem tá sendo interrogado.

Outra atividade é eles escrevem o nome no papel, cortei eles escreveram os nomes no papel ai eles tiveram, como tava no quadro o alfabeto ele tiveram que escrever em baixo como que pronuncia cada letra do nome, tinham que falar para no minimo dez pessoas como que falava, e escutar como que soletrava o nome do colega, eles iam brincando assim, how do you spell? Com a frase how do you spell? Então é um tipo de atividade que fiz com o alfabeto e numbers ainda a gente começou agora, a gente fez o jogo da forca com os numbers mais ainda tem muita coisa, eu ainda quero ensinar duas musicas tem o elephant, one litle, two litle, trhee elephants, four litle, five ... então eles vao aprender a litle elephants, tanto eles vão aprender os numbers. Aprender a falar de trás para frente, né, depois de memorizar, porque criança tem uma capacidade grande de memorizar. Tem a do ten litle botles, ten litle botles... então com numbers é isso.

Bom, eu gosto de trabalhar vários tipos, assim por exemplo, do bechavorismo eu gosto, eu como professora e como pessoa não gosto, não é bom, porque é , como que fala, faz com que o aluno fique condicionado, a fazer uma coisa só se receber algo em troca, a vai ganhar uma balinha se fizer isso, no caso eu ate filmei, como eu falei, o alfabeto, eu chamava na frente, quem falasse o alfabeto, tinha uma parte que não canta, se eles falar tudo certinho, com todas as letras, cantasse bunitinho, ganhava uma balinha e ai eles iam no quadro, foi tipo assim um show, eles cantavam ganhava palmas, se não vai treinar em casa, se não vai fazer de novo e se esperto ganha balinha, estimulo resposta, mais eu acho assim que não é bom , a o que a gente vai ganhar, daqui uns dias, eles vao ficar o que a gente vai ganhar em troca, então não é sempre que eu dou, né. Ganha o aprendizado, o que voce ganha? ganha o aprendizado.

Então gosto disso, gosto de audio-lingualismo, tem que repetir, ouvir, repete, fala, repeti muitas vezes pra você não esquecer a pronuncia, o que você acha importante na lingua. O caminho também que vejo tem que interagir, falando, errando e corrigindo, também, na hora...

Então eu acho assim que é uma mistura, não é só uma coisa, não é só de uma jeito que aprende, né, e o que eu ia falar, sobre caderno no caso, caderno deles, outra coisa que eu achei díficel foi a tarefa porque a maioria deles so tem um caderno, um caderno para todas as materias, caderno de dez materias por exemplo, tem todas as matérias dividido. Não tem como levar para casa e corrigir, passar em folha, passar exercicio na folha, entregar e corrigir e o negocio é assim que eu tenho oito turmas, né, mais ou menos uns trinta por turma deve dar uns duzentos a trezentos alunos, então é uma coisa complicada, corrigir tanta coisa, entao eu acho assim, algumas tarefas eu vou passar, eles vao fazer em sala e corrigir em sala mesmo, por esse motivo mesmo, tempo que eles levam, agora provas, as provinhas eu marcar e corrigir todas, com as tarefas em tenho que ficar em cima deles, pra ver se eles fizeram ou não fizeram, cê tem que ficar em cima, porque as vezes cê pede para fazer, as vezes você tá lá pronuncia do que você acabou de fazer, e o aluno nem começou, então é outra coisa que complica, e como é criança, enrola, não faz, tem que ta olhando, então é outra coisa que eu notei de diferente. Eu passo no quadro um pedaço, agora eu vou passar olhando, você já terminou, as coisas que ja passei no quadro, e ai quem não terminou, vamo terminar. É então é isso, acho que método...

No começo eu tava fazendo assim, a primeira tarefa que eu passei, foi um dialogosinho de apresentar, e pedi como tarefa de casa copiar três vezes o diálogo, porque eu acho que copiando eles aprendem, mas outra coisa que eu percebi que eles copiam errado do quadro, eu falo, chamo atenção, gente não pode copiar errado do quadro, se copiar errado quadro, você vai aprender errado, se você escrever errado, vai estudar errado, copia com atenção, tem o “h” aqui, copia o “h” gente, presta atenção, name, eles tava colocando nome, e o inglês, olha o português, então tava escrevendo errado, vou passar olhando na outra aula.

Isso foi na primeira semana toda empolgada, ai passava olhando, se eu passar olhando dando visto, em caderno por caderno, se já é a metade da aula, e eu não posso perder esse tempo fazendo isso, e fora que eles tem um caderno. Eu costumo recolher os cadernos pra dar visto mais tarde, porque eu ando em todos as salas, não sou só professora fixa, com mais horários, mais tempo, então isso foi uma dificuldade que eu vi, eu fiz isso uma vez, comecei dando visto nas tarefas, tava até corrigindo assim, hora que eu vi, já tava, vinte minutos, eu ainda tava assim, perdendo tempo na sala, eu falei não vai dar tempo, ai eu fiquei no recreio, um dia eu fiquei no recreio corrigindo os cadernos e tal, mas não são todos os dias que vou ter disponibilidade de ficar a tarde, eu eu achei isso uma dificuldade, corrigir caderno, porque eu não posso corrigir caderno, outro professor vai usar caderno numa outra aula, então é isso, tem que copiar em casa, então como é criança, tenho que ver se eles fizeram certo, se copio alguma coisa errado, então tem que passar olhando, e repetição, e além de sala, no caderno, repetir muito no caderno por escrito as coisas que eles estão aprendendo, então assim que assim funciona, tipo igual eu não falei, cruzadinha, palavras cruzadas, ai coloca o “i” na cruzadinha e vai ficar faltando, como se escreve “eight”, então o que tá falatando, ta falatando um “h”, eles vão perceber isso e vão tentar melhorar, e no quadro mesmo, eu faço a minha e copio, então repetir muito tanto na fala como na escrita.

Bom, Eu acho que eu ensino, como eu tô começando agora, eu acabei de saí, nunca dei aula em outro lugar em escola regular, eu acho que eu ensino mais ou menos como eu aprendi, que quando eu aprendi a professora por exemplo, passava uma lista, tinha um livro, que aqui eles não tem, além de fazer, era mais tradicional quando eu aprendi, não era assim, essa coisa assim, tudo mudou, ai eu, passava uma lista por exemplo de frutas, lista de frutas, ai a gente copiava, e a gente repita, umas tres vezes a lista, “apple, banana, strawberry, lemon” e ai a gente ia repitindo, a gente estudava tudo em casa, ia repetindo, e depois tinha o ditado, a gente fazia, recolhia, e dava nota pra gente.

Então é o que eu tava conseguindo fazer com eles, para eles conseguirem escrever mesmo, assim, falando na escrita mesmo, ortografia, é, e ai também tinha outras coisas, no livrinho tinha sempre uma historinha, onde eu dou aula, e nas outras escola a gente não faz isso, porque é muito tradicionalista e tradução, ai a professora de onde eu estuda, na oitava série, era assim, passava um texto e a gente estuda em casa, tinha que traduzir o texto, as vezes é complicado, porque tinha tradução que a gente não conseguia achar, porque não tem nada a ver “how old are you?”, qual velho você com que quiz”, então tem coisa que não dava, mas assim a gente pesquisava em casa, ia lá no dicionário, não achava os trem do jeito, que a gente queria, depois ela corrigia, eu gostei, particularmente, eu gostei, nesse caso eu to meio perdida, como eu devo fazer, qual que vai ser mais eficiente, será que eles aprenderam, como que eu posso fazer para eles aprenderem melhor, pra eles aprenderem mesmo, não falar errado, escrever errado, então pensando e repensando as coisas que necessitam, tanto da escrita quanto da fala, por exemplo, se falar só uma vez os “numbers’ pra eles, e só de ficar falando, eles vão saber, mas na hora de escrever, com certeza, se eles não fizerem, exercícios com “numbers”, não pode ser só o tradicional, só o repete e tradução, tem várias formas de ter interação, usando o inglês, várias atividades, e eu pretendo fazer com esses alunos.