Meu primeiro contato com a língua inglesa foi através de um primo, estudante de Medicina. Ele era ótimo, muito admirado e se exibia cantando em Inglês “Only you”. Eu, então com sete anos de idade, escutava admirada aquela fala que não me dizia nada, mas a melodia dizia. O gosto pela música que herdei de meus pais me fazia querer saber o que ele falava quando cantava. Aliás, todos nós em casa queríamos.
Começa aí então minha história. Esse primo era um dos sócios do Instituto Brasil-Estados Unidos e me ofereceu uma bolsa de estudos, porque percebeu meu interesse pela língua. O grande responsável mesmo pela minha dedicação foi o que na lingüística ou melhor Jeremy Harmer chama de Motivação Extrínseca (Extrinsic Motivation). Eu já fui à aula cheia de expectativa e fui razoavelmente correspondida. Tudo o que o professor falava eu ouvia e absorvia. O progresso era visível, perceptível. Eu sentia, dentro de dois meses de aula, que eu conseguia cantar quase igual ao meu admirável primo. Nós cantávamos “My bone lies over the ocean”! Esse início foi fundamental para mim, pois me fez sentir que eu seria capaz de tudo o que eu quisesse fazer.
Veio então a escola, Colégio de Freiras Francesas onde já estudávamos francês. Quando o inglês foi introduzido eu já sabia tudo das aulas. Me sentia ótima para compensar a sensação da aula de Matemática que não era lá tão boa.
Daí em diante a leitura, pesquisa, as aulas ministradas como professora de Língua Inglesa me fazem aprender e gostar do meu trabalho que é ensinar e aprender a língua Inglesa.