Nome: Lucas Milani Santiago 
Idade: 23
Escolaridade: 3º grau incompleto (Engenharia Civil)
Tempo de aprendizagem: 8 anos
Narrativa coletada por Rafaela Oliveira 

Minha aprendizagem começou do meu contato direto com
a cultura dos EUA, principalmente os quadrinhos e o
cinema. Por livre associação de cognatos e muitas
procuras ao dicionário, aprendia algumas palavras e
expressões. Depois, o uso freqüente de videogames
forçou-me a aprender mais para conseguir jogá-los
adequadamente.
Quando comecei a aprender inglês no colégio público,
a disponibilidade de um professor e de um livro
didático levou-me ao estudo autônomo, reforçado por
livros de linguagens simples, filmes legendados
(costumava fechar os olhos para escutar as palavras) e
revistas em quadrinhos.
Entretanto, quando comecei a jogar RPG é que eu tive
que aprender de verdade, pois a grande maioria dos
livros na época (1997, 1998) era em inglês. Prossegui
na leitura e em todos os outros métodos rudimentares,
porém eficientes, de aprendizado. Já com 18 anos lia
livros normalmente e traduzia trabalhos técnicos para
minha irmã, que fazia faculdade na época. 
Quando me dei conta, já entendia filmes e desenhos
sem legenda e escrevia com bom rendimento.
O recente advento da internet levou-me à leitura
constante, e aprimoramento. Realizei diversos negócios
via internet através de troca de e-mails e consegui
ser compreendido, o que já me satisfaz de certa forma.
Julgo que até hoje estou aprendendo e percebo que
devo seguir um passo à frente, com algum tipo de
curso, autônomo ou não, para conseguir falar e
escrever fluentemente. 

*Você se limitou a seguir instruções de seus
professores ou utilizou 
estratégias próprias?

Audição de músicas com letra original em mãos;
Filmes sem legendas, depois com legendas; livros
didáticos; videogames; qualquer tipo de leitura
não-coloquial, até mesmo certos sites de internet. TV
a cabo. Livros técnicos e artigos técnicos. Em resumo,
aprendo por inércia, lenta e gradualmente.