Nome: Ana Terra
Idade: 42 anos
Escolaridade: não informado
Tempo de aprendizagem: não informado

Narrativa coletada por Vera Menezes

Primeiro contato com a língua inglesa.
Ocorreu aos dez anos e a relação foi de muito prazer. Uma conhecida de minha mãe tinha voltado dos EUA recentemente e mamãe a chamou para dar aulas particulares de inglês pra mim e meu irmão mais velho em casa. Ela ia em nossa casa e lembro-me que levava chocolate, balas, sorvete, etc e nos ensinava as palavrinhas referentes a essas guloseimas. Isto não durou muito tempo, pois logo abriu o primeiro curso na cidade e fomos imediatamente matriculados nele. Este curso trabalhava com o método audio-lingual. Era de uma amiga de minha mãe e ficava bem perto de nossa casa. No início tudo era novidade, gostava dos livros, daquela coisa de ir ganhando unidades e levando tarefa pra casa. Com 12 anos, talvez 2 de aprendizagem, eu comecei a ensinar meu irmão mais novo. Fiz pra ele um caderno com figuras e escrevi os nomes em baixo das figuras, tipo: family, father , mother, brother, colors, red, blue, green, e assim por diante. 
Foram anos nesse curso, até eu perder um pouco o interesse por causa das repetições e de alguns professores que eu não gostava. Cheguei a repetir um livro uma vez de tanta falta de interesse. O meu desinteresse vinha acompanhado do meu sentimento pelo professor(a) e suas aulas. Quando gostava do mesmo e de suas aulas não havia problemas. A questão sempre passava pelo afeto e competência do professor. Essa competência, penso agora, que tinha mais haver com aulas dinâmicas e gostosas, pois eu ainda não tinha uma consciência crítica com relação à competência lingüística dos professores.

O amadurecimento do aprendizado durante a juventude.
Aos 13 anos fui pra Disney. Não me lembro se isso me motivou tanto, pois acho que percebi que sabia muito pouco. O interesse aumentou mesmo quando, no nível intermediário, tive um professor nativo que saía totalmente do livro e nos permitia conversar e soltar a língua (que era tão travada por medo de errar). A escola era a mesma do início e o método também, mas este professor fez a diferença. Ele marcou-me com sua didática, sua crença em nossa capacidade de falar e coragem de sair fora do livro didático. É bom lembrar que além de tudo ele era um gato. Eu costumava me apaixonar pelos meus professores de inglês, desde pequena!
Aos 15, 16 anos tive um problema de saúde que só me permitia estudar pouco e aí investi no inglês e no francês. Fazia dois cursos de inglês e um de francês. Nesse período conheci o Number One, que estava chegando na cidade, e matriculei-me no último nível. Nossa turma foi a primeira a se formar e lembro-me que amava as aulas, pois elas nos fazia falar muito. Eu era ótima aluna, apesar de nunca ter morado fora, e meu professor era ótimo em todos os sentidos também.
Dois anos depois, fui chamada a entrar como uma das sócias da escola e assim dá-se o inicio de minha formação profissional.