Narrativa coletada por Deise Prina

Nunca gostei muito do inglês na escola, talvez por causa do método de ensino. Era uma coisa que não me atraía muito. Estudava para as provas apenas com o objetivo de passar de ano e não via como aquela língua poderia influir de alguma forma em minha vida. Era uma aluna muito indisciplinada nas aulas de inglês, talvez por causa da minha falta de interesse.

Uma vez eu não parava de conversar na sala de aula e eu era daquele tipo que fazia todo mundo rir, até que o professor me chamou a atenção, fazendo uma pergunta em inglês da qual eu não consegui responder. Foi uma espécie de desmoralização diante da turma, a partir daí passei a odiar inglês, acho que só passava de ano porque uma amiga minha me ajudava a estudar. Foi assim até o 2º grau, até que um belo dia fui prestar vestibular e não passava por causa do inglês, chegando até a zerar provas. Foi então que resolvi fazer um cursinho de inglês, tinha como objetivo fazer uma faculdade e não ia deixar que nada me atrapalhasse. No cursinho, me identifiquei muito com a turma, com o método de ensino e com a professora. Descobri que gostava de inglês, que não era tão difícil como eu pensava e então comecei a me interessar.

Cheguei a um ponto de identificação que só com o que a professora ensinava no cursinho, assimilava imediatamente, não havendo mais aquela necessidade de estudar muito, de uma forma cansativa, tudo era mais leve e gostoso. Fiz o curso durante dois anos e quando passei no vestibular, parei. Achei que na faculdade iria aprofundar mais e que não haveria necessidade de continuar o curso. Foi uma pena, porque a cada professor novo, a matéria voltava mais e mais, porque minha turma tinha muita dificuldade. Com certeza eu voltarei a fazer, a continuar meu curso. No inglês, sou melhor de ouvido, é fácil entender, para falar é um pouco mais difícil, mas me esforço bem.