Narrativa coletada por Deise Prina

O inglês não era o meu fraco. Estudei na 5ª e 6ª série onde tinha 2ª época, mas fazia o suficiente para passar de ano. Na 7ª, 8ª e 1º ano do 2º grau a reforma de ensino tinha chegado e aí foi muito mais fácil passar devido aos muitos pontos e conceitos. Fiz magistério e inglês não fazia parte do currículo.
 
Com o curso de magistério e sem condições financeiras para pagar um cursinho e enfrentar vestibular mais pesado decidi fazer o curso de Letras que apesar de particular podia ser pago com o Crédito Educativo. O inglês no curso era um suplício pois o professor era um padre idoso, muito sistemático e alemão. Fazia-nos traduzir livros de literatura inglesa, a falar e estudar gramática.
 
Formei, vim para BH e achei que jamais lecionaria. Trabalhei 10 anos em uma Multinacional alemã e desinteressei totalmente do meu curso, até que mais ou menos 17 anos depois me vi às voltas com cursinhos de inglês, dicionários, etc.