Narrativa coletada por Deise Prina

Eu como aprendiz de língua inglesa tive muitas dificuldades. No ensino fundamental odiava as aulas. Não me saía bem em provas, trabalhos, etc.; achava muito difícil e muito chato, sempre me perguntava: “para que saber inglês se não sei nem o português?’

Até então terminei o ensino fundamental e fui para o 1º ano do 2º grau, também não gostei, tive um professor que dava prova oral, pergunta e resposta, tinha que responder rápido caso contrário perderia os pontos, no entanto me esforcei e decorei.

Saí do 1º ano e fiz o 2º e 3º ano o curso de magistério sendo assim não tive mais a disciplina. Terminei o 2º grau e fiquei um ano pensando, analisando, que curso iria fazer? Apesar de todas as dificuldades que eu tinha com o inglês resolvi me arriscar e passei no vestibular para o curso de Letras. O 1º, 2º e 3º períodos foram tranqüilos; a partir do 4º período o aluno tinha que optar em fazer inglês ou não. Pensei bastante, resolvi novamente encarar. Minhas amigas brigaram comigo, me deram conselhos para não optar pelo inglês, pois elas achavam que eu não iria dar conta. Mesmo assim fui em frente, tive grandes dificuldades, mas enfrentei todas, por exemplo: eu sempre sentava perto de alguém que sabia e entendia o que o professor estava falando. Na grande maioria das vezes eu chamava esta colega do lado e perguntava ela o que o professor tinha falado. Eu olhava para os lábios dele para tentar entender. Traduzia tudo o que via, meus livros, apostilas eram todos escritos. Ligava para as colegas para saber o que não havia entendido, ia para a faculdade mais cedo para pegar informações com as colegas e assim foi. No final do curso eu acho que todos estavam correndo de mim, pois eu só sabia pedir informação.