Olá, meu nome é Luis Alberto, eu sou
monitor na escola FISK unidade planalto, logicamente na região
da Pampulha, no planalto e eu vim aqui para contar para vocês
como funciona essa atuação do jovem no aprendizado e no
ensinamento da Língua Inglesa. Minha história é um pouco
engraçada porque eu já tive fases de não gostar do Inglês e
também já tive fases de, realmente, não querer estudar Línguas.
Já pensei em fazer comunicação social, na verdade eu tenho 16
anos, estudo no colégio Arquidiocesano da rede de ensino do
sistema Arquidiocesano desde quando eu nasci, praticamente, com
4 ou 5 anos eu comecei a estudar nesse colégio na unidade da
Pampulha. É engraçado porque dentro desses colégios, nesses
11 colégios desse sistema de ensino, um deles é um colégio
que tem convênio com o governo Espanhol, então eu tinha todas
as oportunidades de estudar espanhol, o colégio investia muito,
desde a primeira série a gente já estudava Espanhol. Eu
comecei a conhecer o Inglês mesmo desde a quinta série, que eu
tive um interesse maior pela Língua, mas deixe-me contar, mais
ou menos, como funciona. Na minha família, a minha mãe foi a
única filha da minha avó que fez faculdade na UFMG e ela
estudou Letras, ela estudou Português e pediu todas as
optativas de Inglês, porém não concluiu o curso porque ela não
fez nenhuma Literatura, mas ela fez todo o Inglês, do 1 até o
7, fez todos os outros cursos, todas as outras matérias mas não
fez as literaturas. Então, minha mãe sempre foi apaixonada por
Inglês, ela achava o “auge” falar Inglês e se comunicar em
Inglês. Ela tinha muita dificuldade, minha mãe era uma pessoa
muito humilde na época, ela tinha dificuldades financeiras, era
muito difícil ela ir para a Federal e voltar, ela morava perto
da região do Minas Shopping, então ficava difícil para ela
mesmo. Mas o engraçado é que ela, com muito esforço,
conseguiu concluir o curso, para passar na federal foi aquela
dificuldade, mas ela passou de primeira, com 18 anos, sempre
estudou em escola pública, mas naquela época não era muito
difícil, ela já estava bem mais velha, ela passou mais ou
menos na década de 80, 85/83. Não, foi no final da década de
80 mesmo. Então, ela sempre teve muito contato com Inglês, na
família dela, ela que introduzia o estudo da Língua, essa paixão
pela Língua. Parece que lá em casa quem herdou esse dom fui eu
mesmo, eu tenho duas irmãs, uma pretende fazer veterinária a
outra administração, mas eu não era ligado muito na área de
exatas, então acabou que lá em casa, a única pessoa
interessada em Lingüística, nessa parte humana, sou eu mesmo,
então, bola para frente, animação para fazer o curso, sou
super empolgado, quero passar no vestibular de primeira e começar
a fazer logo para ter um diploma na mão e muito conhecimento
atrás de mim. Então, como eu tava falando da minha mãe, desde
pequeno ela costumava a comprar filmes em Inglês para a gente,
eu sempre gostei de música internacional, nunca gostei das músicas
nacionais, são poucos grupos que realmente eu me identifico e
esses grupos que eu me identifico são praticamente cover dos
grupos internacionais, então acaba que um pedaço do Inglês
está dentro da música que eu costumava escutar, então eu tive
um contato muito grande com o Inglês desde pequeno, palavras
que eu não entendia eu perguntava minha mãe. Teve um época lá
em casa que a gente chegou a ter TV a cabo e todos os filmes eu
perguntava, de vez em quando eu ouvia palavras, Together e aí
eu perguntava, Mãe, o que é Together? Mas eu não sabia falar,
o que é Together, então ela falava: è junto, meu filho,
Together em inglês é junto, companhia de. Aí, eu super
empolgado, perguntava palavras, já tinha praticamente um dicionário
pronto na minha cabeça, então eu conseguia entender bastante,
tanto que quando eu fui começar a fazer meu curso de Inglês no
começo de 2003, eu estava na sétima série, eu já tinha tido
dois anos de inglês na escola. Não foi por ter dificuldade que
eu entrei no curso porque eu me desempenhava bem, gostava muito
de Inglês e eu costumo falar para os meus colegas hoje que eu não
me enxergo antes de começar o curso de Inglês, eu não me
lembro como que eu reagia em uma aula de Inglês, eu não
consigo me recordar como eu respondia uma pessoa que me
perguntava alguma coisa em Inglês como eu faço hoje em dia. Eu
comecei a estudar quando eu estava na sétima série, como eu já
falei, no começo de 2003, entrei para a escola FISK planalto,
onde a Juliana, que já falou aqui com a gente, ela foi
professora, ela é professora, uma professora ilustre, que eu
realmente admiro demais, é uma das pessoas que me inspiram e
que me dão, cada vez mais, vontade de se parecer com elas e ter
um dia a possibilidade de dar uma aula tão interessante e tão,
digamos assim, tão fantástica como é a aula da Juliana. Eu
realmente nunca tive a oportunidade de ter um semestre de aula
com ela mas, pelo que eu já ouço, pelo que eu sempre ouvi, ela
sempre foi uma professora muito boa. Mas, voltando ao meu
assunto, eu entrei na escola FISK planalto no começo de 2003 e
fiz um Placement test. Nesse Placement test, minha mãe ligou
para cá e falou: olha, meu filho tem um conhecimento básico de
Inglês, será que ele tem que fazer o básico 1? Aí falaram: não,
ele pode vir fazer uma prova, não tem problema nenhum, se ele
for muito bem, vamos colocá-lo no básico 2, se ele tiver
dificuldade a gente coloca ele em uma monitoria, vamos fazer a
prova primeiro, a gente não pode falar antes. Aí ela falou
assim: ta, beleza. Aí eu vim para a escola FISK planalto, fiz a
prova, não fui muito bem, minha mãe ficou com a cara no chão...
Não sei e na verdade, engraçado muitas das coisas que eu
errei, eu me lembro que um dia depois de eu fazer a prova eu
recebi o meu material da escola do ano de 2003 da sétima série
e essa questão de adjetivo, tudo que é cobrado no básico 1 do
FISK, present perfect... Se eu tivesse aberto ele uma dia antes
eu conseguiria, pelo menos, tirar uma noção, mas eu deixei
tudo em branco, aí falaram: bom, você realmente não está
apto a passar para o básico 2, mesmo porque ainda tem muito
vocabulário que você ainda não viu, tem muita gramática que
falta ver, mas a gente pode pegar um acompanhamento com
monitoria, aí falei: beleza, vou fazer o curso normal. Entrei
no básico 1, sempre tive notas muito boas em torno de 90/95%,
cheguei a tirar 98 em uma prova com valor em 100, quase tirei
100, fiquei muito chateado na época, aí comecei a sentir
realmente que aquilo que eu gostava era dar aula porque minha mãe
era professora do estado desde os 18 anos, faz mais ou menos uns
20 anos que ela é professora e realmente ela tem uma capacidade
muito grande de lidar com aluno, eu admiro muito minha mãe e
meu pai também, ele é metalúrgico, fez faculdade de
engenharia, também na federal e ambos tem uma capacidade muito
grande de explicar, de mostrar como é que funciona, de dar
exemplos, então, eu acho que esse dom da explicação já vem
da família há muito tempo. Então comecei a me empenhar
bastante, falava: mãe, eu preciso do Inglês. Eu me lembro que
eu chegava aqui, minha aula era de 15:00 as 16:30 e eu chegava
13:00 hora e ficava até as 19:00 da noite conversando com o
pessoal da recepção, conversando com os professores, eu
realmente mostrava muito empenho nas coisas. Pouca gente bateu,
aqui no FISK a gente tem uma relação muito boa e digamos
assim, que foi essa versatilidade da escola que me cativou
porque eu gosto de estudar, eu gosto de trabalhar nos lugares
que realmente eu me sinto bem e aqui dentro é um clima tão
generoso, as pessoas são tão educadas, o pessoal está
realmente interessado em ensinar, interessado em trabalhar, são
várias reuniões pedagógicas que a gente faz todo mês
discutindo sobre os alunos, eu como monitor me disponho sempre a
dar monitoria. Eu, por exemplo, estudo 2ª e 4ª a tarde e 2ª a
sexta de manhã, mas já tiveram vezes que eu cheguei aqui na
hora do almoço para dar aula, eu acho que é o seguinte, hoje
em dia, infelizmente, eu tenho que falar isso. Pela pouca experiência
que eu tenho, que são mais ou menos dois anos, o aluno ele está
a cada vez querendo aprofundar em algumas coisas mas se
distanciar de outras, então, no que a gente percebe que ele não
gosta, a oportunidade que a gente tem de pegar um aluno e colocá-lo
em frente de você e você explicar para ele e ele entender não
pode ser descartada modo algum porque querendo ou não, o aluno
é uma pedra preciosa, porque você tem que saber mexer com ele
e você tem que saber lidar com ele, você tem que saber o que
ele consegue fazer e o que ele não consegue e justamente aquilo
que ele não consegue fazer e aquilo que a gente acaba olhando
por cima. Então, como monitor, eu enxergo bastante a quantidade
de dúvidas que os alunos tem em determinado assunto, converso
com o nosso coordenador pedagógico, falo para os professores:
gente, o pessoal está tendo muita dúvida nessa unidade; essa
matéria deve ser dada com muita calma, tem muitoaluno me
falando as matérias estão sendo dadas muito rapidamente, então
as vezes a turma em que o aluno se encontra não é a ideal para
ele então as vezes a gente fala cada um por cada um. Eu acho
que como a gente trabalha com ensino a gente não deve; eu falo
assim, gente, mas é com a pouquíssima experiência que eu
tenho, mas é tudo que eu pude perceber com a pouca experiência
que eu já tive. O aluno tem que se sentir bem no lugar onde ele
estuda e tem que se identificar com a turma, é um processo que
realmente demora, eu como sou aluno e já fui aluno, tudo bem
que eu sou muito extrovertido, converso muito com todo mundo,
mas é importante que o professor abra esse braço e diga: olha,
eu sou seu amigo você está aprendendo com um amigo, você não
está aprendendo com um professor e isso aqui no FISK eu enxergo
isso de uma maneira muito boa e os professores são professores
que a porta da casa deles estão sempre abertas para uma
festinha no aniversário dele, já tiveram grupos e grupos de
mais de 50 alunos montando festa de aniversário para professor,
então você consegue notar, é muito bonita essa interação do
aluno com o professor na escola onde eu trabalho, então, como
monitor, como eu estava falando, a gente consegue terminar
algumas dificuldades, algumas falhas do aluno e isso é legal,
isso é interessante porque é a partir daí que a gente começa
a trabalhar o que ele precisa mais. Por exemplo, eu pude notar
nesses dois anos que no começo, os alunos do começo quando eu
comecei a dar monitoria tinham uma dificuldade em entender, por
exemplo, por que eles tinham o verbo auxiliar e porque o “s”
no presente simples na terceira pessoa não significava plural,
hoje em dia eles já tem uma dúvida diferente que é o
seguinte: porque o “s” é plural, então a dúvida do aluno
muda, a pergunta é a mesma, mas a dúvida muda. Ah, professor,
mas é a mesma coisa, mas a pergunta muda. Então, acaba que a
gente contorna o assunto e demonstra para o aluno que as vezes
ele acha que é difícil aquele Phrasal verb não é
simplesmente você tirar, você mostrar como o Inglês é feio
porque ele não é feio, o aluno o enxerga como feio, mas ele não
é uma língua feia, ele é uma Língua que a pessoa tem que
aprender a conviver e principalmente gostar, eu acho que a gente
tem que identificar, a gente tem que tirar do aluno esse gosto
pela Língua e a partir daí que ele vai começar a introduzir o
que ele gosta, por exemplo, eu, fazem dois anos que eu faço
Inglês e eu pulei 3 ou 4 níveis, concluo o curso no meio do
ano que vem e eu já procuro sobre literaturas, sobre vários
tipos de escritores Ingleses, então é uma coisa que me chama a
atenção. Então, gente, é isso, estou tomando o tempo de vocês,
mas eu acho interessante essa conversa que a gente teve porque a
partir do momento que você consegue enxergar o profissional de
uma maneira diferente, você consegue se identificar melhor com
a Língua, então tudo de bom, obrigado.

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