Meu
nome é Wellington eu tenho 37 anos, eu sou formado em Letras
pela Universidade Católica de Minas Gerais, formei em 94
e na época eu não tinha muita ligação
com a língua inglesa. Eu fiz em função que
tinha no curso, ou fazia inglês ou francês, optei
pelo inglês, mas não gostava muito, embora estudasse
eu não tinha muita dedicação. Meu foco era
realmente a língua portuguesa. Depois eu comecei a trabalhar
como professor de língua inglesa no interior e ai que eu
descobri realmente a língua inglesa.
A minha formação
eu estudei no ICBEU, fiz vários anos de estudo no ICBEU,
depois fiz curso na Cultura Inglesa e eu acho realmente o aprendizado
ele se dá em sala de aula. Eu não tenho nenhuma
experiência, por exemplo, fora, nunca morei fora. Então,
ou seja, o meu conhecimento, hoje eu leciono nessa escola, tenho
cargo em escola pública e em escola particular, onde a
aula é toda ministrada em inglês. Então eu
estudo muito, estudo muito em casa e também faço
cursos.
Com relação
à música, isso ajuda, é um mecanismo que
você tem a mais no aprendizado, mas eu acho que o aluno,
o material, os próprios cursos hoje oferecidos são
muito interessantes; a dinâmica utilizada nas escolas. E
eu costumo dizer muito para os meus alunos hoje, alguns perguntam:
“tem que morar fora para falar o idioma?”. Eu coloco
que não. Eu sou uma experiência disso, hoje eu leciono
em inglês, alguns livros já de pré-avançado
inclusive onde eu não tenho nenhuma experiência fora
minha experiência toda é aqui. Agora eu sou uma pessoa
enquanto aluno disciplinado, enquanto professor muito caprichoso
com os meus trabalhos, então eu acho que se for um aluno,
o próprio aluno ele constrói o curso dele.
Ai nesse período
eu descobri o inglês, foi quando eu me apaixonei, hoje a
minha intenção é fazer mestrado na própria
língua, já estou olhando alguma coisa em relação
a isso. E a partir do ano que vem eu devo fazer um curso no Canadá.
Perguntei como foi o aprendizado
durante a infância.
Durante a minha infância
eu não tive contato. A não ser na 5ª serie.
Eu venho de uma família simples, então, por exemplo,
os meus pais não são formados, não são
graduados. Então o meu primeiro contato com a língua
inglesa foi na 5ª série. Eu lembro o seguinte, isso
eu lembro perfeitamente aos 37 anos quer dizer alguns anos atrás.
Quando eu cheguei à minha primeira aula de inglês
eu traduzia tudo, eu falava tudo em inglês, obviamente eu
não falava nada. Mas eu fiquei tão encantado com
a professora, que hoje se fosse para descrevê-la eu a descreveria
perfeitamente. E eu lembro que eu lia tudo, eu falava tudo, quer
dizer isso na minha concepção. Então foi
o meu primeiro contato e acho que foi o meu primeiro gosto pela
coisa.
E há dois anos atrás
eu tive o prazer de encontrar com essa professora, numa palestra
dada na Cultura Inglesa, em relação a um curso de
professores. E eu a encontrei, ela me reconheceu, lógico
que eu dei algumas informações, mas eu lembrava
dela perfeitamente e de falar que hoje eu era um “fruto”
daquela árvore porque de certa forma ela que plantou aquela
“sementinha”.
Perguntei sobre a interação
com colegas na época do aprendizado do inglês.
Eu tive certa dificuldade
em relação a isso. Porque como eu venho de uma cidade
pequena, eu moro em Moeda, então eu venho de uma cidade
pequena. Então lá as pessoas, por exemplo, pouquíssimas,vamos
supor, duas ou três pessoas que falam. E a gente não
tinha muito tempo. Então eu tenho mais contato, quer dizer,
a partir daí eu passei a ter mais contato depois que eu
comecei a trabalhar com o conteúdo, contato com outros
professores, de conhecer pessoas e de estar utilizando isso. Mas
ainda sim é uma dificuldade, eu acho que essa é
a maior dificuldade que agente tem hoje, de colocar isso em prática.
Hoje de certa forma eu domino, não domino 100% obviamente,
eu tenho muita coisa pela frente, mas porque dentro de sala de
aula isso me obriga eu tenho que falar, então, ou seja,
eu me policiei em cima disso. Agora existe uma dificuldade muito
grande; a falta de tempo, por exemplo, eu não tive oportunidade
de fazer viagens, de fazer intercâmbio.
Então isso tudo
contribuiu para esse aspecto. Nem por isso eu não deixo
de ter contato com pessoas que fizeram e me contam. Então
se for preciso falar alguma coisa sobre Nova York, vou te falar
como se eu tivesse vivenciado aquilo, tamanha pesquisa que eu
tenho feito, as pessoas me contam, eu pego vídeo, eu assisto
eu faço todo um trabalho para suprir essa ausência
de não ter feito alguma coisa fora.
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