Narrativas - LÍNGUA ITALIANA -
Nome: Bernardo Guadalupe S. L. Brandão
Idade: 21
Escolaridade: superior incompleto - Letras
Narrativa coletada por Rafaela Oliveira
Eu faço assim: pego uma língua, estudo ela durante um tempo e depois deixo ela de lado pra me dedicar a outra, mas geralmente com a intenção de voltar a ela e aperfeiçoar. Vou ter que ser mais específico então: italiano tempo de estudo: vamos fazer as contas, uns três ou quatro meses
metodologia: o italiano foi a língua que me animou a estudar sozinho. Como ela é bem fácil, quando eu peguei o cd-rom do in italiano e comecei a aprender (inclusive a pronúncia deu pra aprender sozinho com o cd), fiquei bem animado. Minhas capacidades mentais tinham melhorado pra línguas também, tava mais fácil decorar vocabulário (que era tão difícil na época do inglês) e gramática, assim como pensar na língua. É assim né? Quanto mais línguas a gente estuda, mais fácil fica de aprender mais línguas. O Richard Burton, aquele inglês que traduziu o kama-sutra, que sabia 28 línguas mais alguns dialetos, dizia que depois da oitava língua fica tudo mais fácil. Espero que sim, porque eu fiz as contas e quero aprender bem essas línguas e saber também hebraico, árabe, chinês, malaio (dizem que é a língua mais fácil de aprender),espanhol, sânscrito e, se der, persa.
É engraçado. Eu animei estudar italiano pela primeira vez quando eu vi um livrinho de bolso aqui em casa: italiano em 30 dias, logo no primeiro semestre da faculdade. Pensei que nas férias de julho podia voltar sabendo italiano. Lógico que não deu certo. O método é fraco e na época eu não ia conseguir. Mas depois da experiência com o francês (aprendi em 1 mês, em dezembro, durante a gripe, o mesmo tanto que em um
ano no cenex), acho que daria pra fazer isso com italiano, que é fácil: o cd do in italiano tem 12 lições. Se eu fizesse uma por dia, visse o canal
italiano um pouco e fosse ler umas coisas que eu tenho aqui, com certeza daria certo. Pena que eu estou meio ocupado, meio sem tempo, não dá pra estudar todo dia.Quando a gente estuda uma língua todo dia a gente aprende muito melhor. De qualquer forma, por causa do tempo, está demorando mais: no segundo semestre de 2000 eu fiz umas quatro lições do cd-rom, mas depois larguei pra estudar francês. Esse semestre eu retomei e já estou na 10 lição, essa semana eu acabo as outras 2. Já está dando pra falar várias coisas, entender bastante e ler em italiano (o que é muito oportuno, já que os melhores textos que eu encontrei pra minha monografia são em italiano).
Conclusão
Eu prefiro estudar uma língua sozinho do que em aula. Acho que tenho dificuldade de concentração nas aulas, fico cansado. Prefiro estudar na hora que eu quiser e no meu ritmo. As aulas geralmente andam bem devagar. Pra algumas línguas é bom pegar umas aulas, quando a pronúncia é bem diferente. É o caso do alemão. Quanto mais a gente estuda línguas, mais fácil fica de aprender e é mais possível de estudar sozinho. É bom também usar mais de um método: eu gosto de usar um método básico e ter uns livros com uns textos na língua e com uma tradução do lado, é um ótimo meio de conseguir vocabulário. Também acho bom, depois de um tempo com o método, começar a sistematizar a gramática e decorar mesmo. Faz bem pra memória e pro aprendizado da língua. Tem uns macetes que eu uso pra decorar: uma coisa de cada vez, é claro (por exemplo, primeiro só o presente, depois o futuro, etc...), e sempre esperar um tempo. Dizem que não é bom repetir tudo em seguida. É bom dar um tempo. E durante o dia é sempre bom relembrar. Foi assim que eu decorei o sistema verbal grego, que é muito grande e bem complicado.