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Narrativas coletadas por Andréa Santana Silva

 

NARRATIVA 7

Nome completo: Marília
Idade: 18 anos
Escolaridade: Curso de Letras
Tempo de aprendizagem da língua: 4 anos
Narrativa coletada por Andréa Santana Silva e Souza em Março/2010

“Meu contato com a língua inglesa começou desde a primeira série do ensino fundamental. O desempenho escolar que eu apresentava nessa disciplina era constantemente elevado, mas creio que tal ocorria porque eu me dedicava e fazia os exercícios propostos. As habilidades de escrita e leitura eram as mais focadas, e, por este motivo, muitas vezes era fácil apenas decorar um conteúdo para obter bons resultados em provas e atividades avaliativas.
Até o final do ano de 2005, minha experiência com o inglês se resumia à escola. No início deste referido ano, eu havia mudado de escola. Essa nova instituição de ensino apresentava um método diferente de abordagem do inglês, o que fez com que eu sentisse algumas dificuldades. Muitos dos meus novos colegas faziam cursinho de inglês, e eu passei a sentir necessidade de aprender mais. Uma amiga minha me indicou um curso, onde ela já estudava há um tempo, e no início de 2006 minha mãe me matriculou. Lembro-me até hoje do meu primeiro dia de aula! Eu estava muito animada, e queria muito aprender a falar inglês o mais rápido possível. Quando eu via os professores conversando entre eles em inglês eu me imaginava fazendo a mesma coisa. Sempre que eu podia, tentava falar as coisas que eu já sabia em inglês. O material do cursinho incluía CD de áudio, e, quando eu chegava em casa, escutava e repetia para mim mesma, a fim de obter uma boa pronúncia. Além disso, eu também tinha um CD-ROM com brincadeiras em inglês para jogar no computador. Quando eu tinha tempo, jogava para memorizar palavras, expressões, e outros.
Ao longo desse tempo, tive contato com pessoas americanas, o que me incentivou a continuar estudando e me dedicando, pois eu percebia o quanto era bom saber que eu conseguia me comunicar com pessoas que falam outra língua, e que nós podíamos nos entender! Eu me sentia útil, pois podia ajudá-las, além de aprender mais com elas também.
Ao final do terceiro ano de cursinho, minha professora me fez um convite que me ajudou bastante, direcionando até mesmo a área acadêmica que eu escolheria no curso de graduação na faculdade. Ela perguntou se eu não gostaria de ser uma monitora do cursinho. O sistema de monitorias funcionava (e ainda funciona) da seguinte forma: os alunos que apresentavam dificuldades ou que perdiam uma aula podiam ter reforço ou reposição de aula com outros alunos que estavam em níveis acima - os monitores. De forma flexível, pois eu não tinha muito tempo disponível, eu aceitei o convite para atuar como monitora aos sábados. A partir do início de 2009 comecei a ter a ótima experiência de poder ensinar aquilo que eu já sabia. Passei a perceber que essa era a minha área.
Formei-me no curso no primeiro semestre de 2009. Continuei como monitora no segundo semestre também, pois continuava vinculada à escola de inglês, fazendo preparação para o TOEFL.
Aquele era o ano do meu vestibular, e confesso que a experiência que eu tive me conduziu à escolha do curso de Letras, licenciatura em inglês. Tenho aprendido muito ainda atuando como monitora, e creio que o aprendizado dessa língua, assim como de outras, nunca terá fim. Sinto-me feliz por ter agora conseguir ser como um daqueles professores que eu admirava quando falavam inglês. Tais conquistas me levam a continuar pensando mais à frente, pois a aprendizagem, principalmente de uma língua, é um processo que não acaba”.