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Narrativas coletadas por Francisco Quaresma de Figueiredo

 

Nome: Ângela Moraes
Profissão: Professora universitária de inglês
Idade: 38 anos
Tempo de aprendizagem : 19 anos  
Narrativa coletada por Francisco Figueiredo
 
 
Iniciei meus estudos de língua inglesa em 1985. Na época, cursava a faculdade de comunicação e pensei que o inglês poderia ser útil na minha futura carreira de jornalista. O curso de idiomas que freqüentava adotava o método audiolingual e foi concluído em seis anos, tendo eu passado do nível básico ao avançado.
 
Sempre fui bem sucedida nas avaliações. Costumava me antecipar ao estudo dos itens lingüísticos que o professor ministraria em aulas seguintes, e passava algumas horas da semana memorizando vocabulário e as “frases prontas” que ouvia e repetia em sala.
 
Ao final do curso, não me senti satisfeita com o meu desempenho, principalmente em relação à minha fluência. Foi, então, que resolvi procurar uma outra escola para preparar-me melhor para a prova do FCE (First Certificate of English) da Universidade de Cambridge. Essa escola adotava a abordagem comunicativa, e foi aí que comecei a desenvolver mais a minha fluência. Fui aprovada no exame após seis meses de preparação e, logo após, iniciei meu trabalho como professora de inglês para níveis iniciantes.
 
O local de trabalho também adotava a abordagem comunicativa, e tive a oportunidade de conviver com muitos nativos da língua inglesa que eram meus colegas. Posso afirmar que comecei a me sentir mais segura em relação ao uso do inglês a partir dessa época. Dar aulas obrigava-me a sempre estar estudando, e o contato diário com pessoas mais fluentes fez com que eu desenvolvesse bastante minha fala. E, por causa disso, comecei a assistir a filmes não-legendados e a assinar revistas em inglês.
 
Tive poucas oportunidades de falar em inglês quando atuava como jornalista, já que, em Goiânia, havia poucos eventos internacionais. Mas por gostar da língua, resolvi investir também na carreira de professora e, até hoje, é a que tenho me dedicado mais.
 
Os fatores, portanto, que me fizeram relativamente proficiente em inglês foram:
1º) minha motivação intrínseca (gosto da língua);
2º) ter contato diário com o idioma (sou professora de inglês);
3º) ter contato pessoal com falantes nativos ou por meio da Internet.