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Narrativas de aprendizagem de língua inglesa narradas em português

 

Nome: Vicente Aguimar Parreiras
Idade: 41 anos
Escolaridade: superior
Tempo de aprendizagem: 23 anos
Narrativa coletada por Rafaela Oliveira

Na escola regular estudei inglês apenas no primeiro ano do Ensino Médio (2o. grau à época). Como eu trabalhava com processamento de dados, em 1981 comecei a estudar inglês no Number One-BH para compreender melhor os comandos e os manuais dos equipamentos com os quais eu trabalhava. Em 1984 eu comecei a lecionar a disciplina Processamento de Dados e encerrei o curso no Number One. A partir de 1985 passei a complementar a minha carga horária semanal de aulas lecionando Inglês para alunos da 5.a. à 8.a. séries, na mesma escola onde eu ensinava Processamento de Dados, com uma autorização especial do MEC conseguida pela direção pedagógica da escola e renovável anualmente. De 1991 a 1993 cursei Letras na FAFI-BH (hoje UNI-BH) e passei a lecionar exclusivamente Inglês em escolas particulares, estaduais, municipais em Contagem, cursos pré-vestibulares e em cursos livres (CCAA-Contagem e ICBEU-Contagem). De 1994 a 1996 cursei especialização em Língua Inglesa - PREPES/PUC-MG. A partir de 1997 passei a lecionar Inglês no CEFET-MG para alunos do Ensino Médio e dos cursos de graduação em Engenharia. De 1999 a 2000 desenvolvi a minha dissertação de mestrado na UFMG - Linha F e a partir de 2001 estou trabalhando na minha tese de doutoramento que junto as duas áreas de interesse para mim: tecnologias da informação e da comunicação e ensino e aprendizagem de língua inglesa.

Lembro que em sala de aula, onde a abordagem era behaviorista (estímulo-resposta), eu sempre acompanhava as respostas de todos os colegas como se fossem dirigidas a mim. Essa estratégia ficou bem marcada porque um dia o professor, conversando comigo informalmente, comentou que o fato de eu estar sempre atento poderia ser o fator responsável pelo progresso rápido que eu vinha fazendo, na opinião dele. Até aquele momento eu não havia me dado conta daquela estratégia e então passei a usá-la conscientemente.

Outro fator que contribuiu muito para o meu rendimento no período de curso livre foi um colega de trabalho que estudava no mesmo curso em horário diferente e que tinha bastante dificuldade com a língua inglesa. Por isso, sempre usávamos parte do intervalo do almoço para estudarmos. Como ele estudava num programa regular e eu num programa intensivo, em pouco tempo eu estava em níveis mais avançados que esse colega e passei então a 'conduzir' os encontros de estudo quase como se fosse um professor particular. Essa experiência foi muito boa para o meu processo de aprendizagem porque eu estava sempre revisando o que eu já havia estudado para estudar com esse amigo. Mais tarde a experiência de ensinar continuou profissionalmente e tem sido assim até hoje.