4 ° Entrevista
Sexo: Feminino

- Bom, começando com o programa do curso ele é muito bom, né; como a gente fala no papel, porque para seguir dentro da sala de aula ele é um pouco complicado porque ele está muito além do que os nossos alunos estão precisando, da necessidade deles, porque tem muitos alunos aqui na escola pública que não têm conhecimento, não tem como seguir uma, como que fala, um cursinho fora, né. Não tem como você por exemplo pedir para ele um e-mail em inglês. Ou uma carta em inglês, qual que você vai prever, qual que você vai pedir. Então a gente tem que ter, tem fazer, tem que trabalhar o programa da escola, mas não aprofundar muito com é pedido no programa, né, o programa do curso, que é feito pela secretaria.

A minha formação, eu tenho só licenciatura, eu estou dando aula, tem uns quatro ou cinco anos que dou aula de inglês, eu dou aula também de português, não é só inglês, eu dou aula mais pra surdo, porque eu trabalho na associação, então a gente trabalha com português, inglês, as literaturas. Então minha formação maior é na àrea de libras, faço especialização em libras.

Bom, as abordagens de ensino, ela é mais, como que eu posso te falar da abordagem de ensino, essas abordagens de ensino, eu faço o programa, é programa, que a gente fala, cronograma, no meu cronograma, eu tento trabalhar o dia-a-dia deles, eu passo o que?

Eu passo palavras universais, né. Trago coisas da internet, coisas que eles vêem em outdoor. Peço para eles fazerem pesquisas. Tento fazer esse trabalho. Também trabalho gramática, mas é muito pouco, e as vezes muito díficel, nas escolas do Estado não tem como trabalhar, porque a gente não tem materiais, a gente tenta trabalhar música, não dá certo. Então acaba que as vezes a gente fica mais nisso mesmo, só no quadro, no caderno, tenta fazer um trabalho de grupo, né. Para eles interagirem. Paraticamente isso.

O material didático eu uso materiais meus. Eu tenho vários, né. Eu tenho o “interchange”, livro “interchange” que eu pego algumas coisas dele, que eu passo algumas coisas dele, passo exercícios, eles tem apostila do... Como é que o nome? O caderno do futuro. Tenho apostila. Tenho um livro da “Oxford” então eu tenho vários materiais para trazer pra eles, né. De copias facéis para poder ter estudo, fazer exercícios que achei que era interessante. As vezes eu acho uma propaganda interessante, eu vo e pego, as vezes pego “folderzinhos” vou entrego pra eles na sala, né. O material mais ou menos é esse.
A, como que a gente pode falar de concepção de ensino e aprendizagem, seria, nós tentamos fazer o máximo, eu tento fazer o máximo para que eles possam aprender, ter mais, como é que fala, levar o inglês para o dia-a-dia deles. Porque muitas vezes, a gente, o aluno ele acha que não é interessante, o inglês, né; não é interesssante porque não usa, não vão usar.

Como eu já havia falado anteriormente, eu tenho que trazer o cognitivo deles, o que eles tem de vivência, para que eles possam, o que? Assimilhar os que eles estão usando, né. Trazer jogos também, eles tem muito interesse nesse negocio de jogos, ate jogar, eu ate já fui em “lanhouse” pra ver, pra pegar aqueles jogos que eles estavam jogando, pra ver, que que é pegar algumas palavras, sabe; pra trazer pra eles, pra que eles possam se interagir com a lingua. As estratégias de ensino eu já falei.

A interação em sala de aula, eu tenho que fazer da seguinte forma quando é possivel: eu tenho que ser o máximo próxima deles, amiga; que tenho fazer um laço com eles de amizade, que aí com esse laço de amizade, eles vão sentir a necessidade do respeito, então aí o que acontece, hora que eu pedir alguma coisa para eles, eles vão atender com mais facilidade e tentar mostrar pra eles que tem que ter amizade entre eles também, tem que emprestar um material, devolver, também, não é só ficar pra ele. Vamo fazer, um só que tem apostila, então vamos dos da sala inteira, então vamos fazer o seguinte: vamos copiar três aqui, quatro pessoas copiam da apostila, e depois a gente faz o rodizio, né, vamos fazer um rodizio, os coleguinhas que tem apostila tem que ser companheiro, nesse caso ele tem que ajudar, né. A participação em algumas turmas é ruim, mas em outras por exemplo dos novos, em relação aos outros da escola, os novos são excelentes, eles alta participação, eles querem, vão atrás, pesquisam, trazem palavras novas, né, professora o que que é isso, ai a gente vai discutir sobre aquilo.

Alguns fatores pessoais que poderiam interferir, vamos dizer assim, acho que é a minha falta de pulso forte, eu não tento, eu ainda acredito muito na educação, e acredito que eles, na principalmente pessoas que vem de uma familia problemática, muitos tem uma familia problemática, as vezes tem muita dificuldade, as vezes nem se alimenta direito, né. Então a gente tem que ver esse lado e tentar ser mais, como que fala, mais companheira deles nesse momento, tentar auxiliá-los a, tentar entender, saber que a gente não passa por isso, a gente não passou, mas eu tenho que entender esse lado deles, né, as vezes eles tem dificuldade por causa disso, né, aí é uma forma de você se aproximar.