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Narrativas coletadas por Maria Cristina Faria Dalacorte

 
8 ° entrevista
Sexo: Feminino

- Eu tenho alunos formados que foram pra Universidade, que passaram em cursos bons, aluno onde eu morava, aluno que realmente foi pra universidade pública, que eu dei muito incentivo, que realmente aprendeu realmente fazer um redação comigo, que realmente aprendeu o conteúdo de inglês, que realmente soube traduzir um texto, e as vezes até questionava a professora, a senhora faz muita tradução, mas você só aprender se for traduzindo, então ai serviu pra ele, porque hoje ele tá lá na universidade, e quando encontra comigo, me agradece, a professora se não fosse a senhora, senhora me ajudou tanto, hoje eu sou isso porque, teve assim, a senhora deu um empurrão, teve um empurrão, um conselho bom. Então assim hoje eu vejo que foi gratificante pra mim, e as estratégias que eu uso são essa, as vezes falam que eu sou um pouco radical, sabe eu sou abusada, sou muito como é que eu posso falar, exigente, comigo mesmo, sou exigente mesmo, Raquel. Ainda sou daquele história, de olhar a letra, olhar erros, porque errar é humano, mas você continuar no mesmo erro, você distrái. Raquel, aqui tem um erro, e você continuar no mesmo erro, ai acho que você não consegue nada, cê não tá querendo corrigir seu erro, eu acho que isso serve pro dia-a-dia do aluno, eu cobro, no inglês mermo eu cobro a escrita, neste instante mesmo eu cobrei, na sala, fez escreveu uma letra errada, se você escrever essa letra errada aqui vai dar outro significado, principalmente na língua inglesa, então tem outro significado, então com que eu vou deixar o aluno passar, e lá na frente, a professora me ensinou que era assim, acho que vai ficar vergonhoso é pra você. Eu cobro mesmo, eu gosto de alunos, eu sou exigente, eu gosto de aluno organizado, se ele não é, ele vai se organizar, ele vai ficar comigo, ele vai pagar caro, mas ele vai aprender alguma coisa, se ele não vai aprender ai é com ele. Eu vejo assim, que esta estratégia de ensino, não é que eu oprimo, o aluno não tá obrigado a assistir a minha aula e ser assim, mas eu tento, eu tento, tento, tento, até que ela vai deixando, até currar, então você tem que chegar a um ponto que você tem que, vai tenta, tenta, tenta, mas mesmo assim, mas pode falar a aquele aluno, não adianta não, adianta, Raquel, as vezes eu tiro de sala, chama e as vezes do um reforço, ai eu ensino, o que que você não aprendeu, como que a gente vai começar, fale aí pra mim, seja verdadeiiro, diga pra mimo que é que você não sabe que eu vou te ensinar agora, então eu vejo por essa foram aí. E essa interação em sala de aula, eu sempro tento interagir com os meus alunos, brinco, não totalmente radical, as vezes, é tanto que o dia que eu chego assim mais fechada, o aluno pergunta, professora, a senhora tá com algum problema, o que tá acontecendo, tal, tá com algum problema na sua família, porque eu tenho o meu lado exigente, na hora de aula, é aula mesmo, ai eu deixo os minutinhos com eles, brinco ele, faço brincadeirinhas, canto, tem um dia de colocar, eu tenho hábito de mesclar, tenho aula de vídeo, dvd, de música, pra eles, mas tudo eu tenho um projeto, não faço nada a toa. Se eu passo, uma música, eu passo uma música em cima daquele projeto, eu trabalho a gramática, eu trabalho co produção de texto, eu trabalho, tem que ficar alguma coisa na cabeça do aluno, pra ele não vê aquilo a toa, a mesma coisa eu faço com filme, antes de passar o filme, eu não passo qualquer filme pra enrolar a aula não, hoje eu to muito cansada, eu prefiro não passar, eu pego tudo da minha, tá entendo, eu pego naquele filme que eu vou colocar tem um projeto atrás dele, porque a minha vida inteira, foi assim, as escolas que eu passei, sempre tinha, eu aprendida, tinha o porque por trás, sempre que o professor dava uma aula, principalmente na universidade, pra mim, eu considero que a melhor coisa da minha vida foi a faculdade que eu fiz, foi lá que eu aprendi tudo, foi lá que aprendi a conviver com os colegas, foi lá que eu aprendi como era a vida porque eu não sabia, como era a vida, entendia alguma coisa, mas não sabia a realidade da vida, foi lá que eu aprendi, foi lá que eu aprendi, assim, eu despertei pra mundo, foi lá. Eu considero de todos os patamares da minha, o melhor, a melhor escola, o melhor pedestal foi a faculdade, não porque dá um diploma, por querer achar que agora eu sou graduada, eu posso tudo não, se eu tivesse que escolher um patamar da minha vida, pra mim repetir, eu escolheria o mesmo curso, com os mesmos professores, com os mesmos colegas, do mesmo jeito, Regina, hoje você pode fazer faculdade, você pode escolher a faculdade que você quizer, eu escolheria o mesmo curso, Letras-Português- Inglês, eu não tenho eu não sou, você sabe que o professor não é bem remunerado, nada que ele faz ele é reconhecido, eu não ligo muito pra isso não, se for preciso eu dou aula de graça, dou mesmo, eu não sou aquele profissional que formou pra vida atrás de interesse financeiro, eu me formei porque pra ensinar, pra vida. Então eu vejo que é, além dos fatores pessoais que influenciam, diz aqui, na minha prática eu sou de família pobre, que eu poderia hoje vê isso, eu vou me formar, pra ver se eu tenho uma vida melhor financeiramente, mas não, não mudou minha vida, mesmo que eu fosse médica, ou fosse de outra profissão, bem mais remunerada, eu não pensaria nisso, eu acho que fosse médica, eu era do mesmo jeito, eu tinha uma fila de pacientes e ia atender de graça, então eu vejo que a miha contribuição assim boa, não vejo meu aluno, como um aluno marginal, como muito profissional vê, como eu vejo todos os dia que eu tenho colegas que estão no lugar errado, no dia errado, estão no local errado, seu local não é aqui não, então se forma numa visão de realidade totalmente diferente do mundo dele, então eu acho que ele tem que pensar nisso na universidade, Raquel, porque lá dentro da universidade, ele passa por muitas coisas, e ele sabe que a educação não é nada o que a gente se vê por ai, propoganda. Então a educação você tem que realmente sintir ela de perto, ver o real, a realidade, porque depois que vê a realidade, é que você se depara com um monte de coisas, que não é o você pensa, então se você deparou com aquela realidade que não é o que você pensa, você tem que mudar, você tem que mudar, você tem que se avaliar, e ver que ali não é o meu lugar, então deixa o lugar pra outro, procure outra coisa e deixe o lugar pra alguém que realmente quer fazer seu trabalho. E assim eu não vejo aquele aluno assim, por mais que ele tenha aquele problema, que ele seja aluno problema, que ele seja é que hoje tem a inclusão, que ele seja um aluno especial, mais eu tenho me moldar e trabalhar com esse aluno como eu trabalho com os outros, meu aluno pro mais que ele aluno especial, ele sempre é um aluno perfeito, é um aluno assim igual os outros, trato da mesma maneira, tento saber qual o problema. A mais eu não vou perder meu tempo, chegar lá na minha casa e elaborar uma tarefa diferenciada dos outros, a eu não vou perder tempo com isso, eu perco, eu sou dessa época, eu ainda perco tempo com isso aí, infelizmente porque hoje o professor não ta mais nem preocupado com isso não, eu não sei se tem um lado ruim com isso não, eu vejo o lado bom, as vezes eu posso até tá ajudando e até tá atrapalhando, mais eu tento ajudar, o que tem na minha cabeça é que eu tenho que ajudar , e vou assim levando , aqui no dia-a-dia, to aqui tentando ajudar esses mininos. As práticas pedagógicas que eu já falei, mudaram né, não continuam as mesmas não, no príncipio, eu utilizava de uma prática, hoje, como eu disse, no decorrer dos anos, é que você vai adquirindo aquelas práticas, eu vejo assim o professor hoje, você que tá se formando, vai entra numa sala, eu aceito como você dá sua aula, que é sua metodologia, que é a metodologia que você aprendeu hoje, mais com o tempo, você vai ver que você vai mudar, com certeza, porque tudo muda, todo ano a educação tem uma diretriz, sempre muda uma diretriz, sempre tem uma modificação, sempre tem um governo diferente, você vai se moldando e isso vai refletir no seu aluno. Eu já fui bem mais, como é que posso dizer, bem mais arcaica, que eu queria que meu aluno fosse perfeito, e não existe aluno perfeito, não existe ninguém perfeito, eu sempre quiz que meu aluno, até que meu ensino eu mudei, sempre que os meus filhos, eu queria quando eles eram menores, que fosse igual a mim, que tivesse uma letra perfeita, num determinado tempo, logo no segundo ano de estudo dele, eu já mudei, eu comecei a colocar na minha cabeça que eu tinha que deixar ele fazer a atividade dele sozinho, ele escreva da maneira com ele quer, não escrever errado, mas ter a letra dele, ter a identificação dele, né, ele se organizar. Então eu tinha que ver, tive que ver trabalhar em outros ângulos, conversar com ele, disser pra ele que ele tinha que cumprir com as tarefas dele, tinha que ter o caderninho dele, mais tinha que ser organizado, mas não pegar e ir lá e disser você faz esse “a” desse jeito aqui como eu faço, então hoje eu vejo isso com meus alunos. Eu vejo assim, que eles tem que, eu não posso ser exigente ao ponto de moldar meu aluno, ao ponto pra que ele fique igual, se ele não assim. Ele não começou assim, ele não teve um acompanhamento assim, e nem dá pra saber isso porque ele fica tão pouco com a gente,com cada professor, que não dá tempo, nem você mofidificar lá, a gente já tá passando pra outra sala, pra outro turno, pra outra escola, então isso assim, eu creio que a contribuição de todos os profissionais, é que vai formando o indivíduo, na sociedade, a contribuição do pouquinho lá de português, um pouquinho do professor de matemática, do de história, então tudo, e isso vai contribuindo pra que ele seja um individuo lá fora, no fundo no fundo que se você pensa com que você fala, dentro de sala, não contribuiu, mas contribuiu e muito, lá na sociedade quando ele tiver lá frente ele vai lembrar, eu sei que um dia o professor falou isso pra mim na aula, então eu levo muito isso em consideração e que meu aluno, que ele, que dou uma aula pra que ele possa ter uma boa formação, possa ser um individuo na sociedade, diferentes dos outros. e também, professora eu nunca quero ser professor, ou professora eu quero ser, eu disse o gente , o que seriam de vocês, se não fossem todos os professores, todos pra serem pra ser alguma coisa na vida tem que passar por um professor, pra ser médico, tem que ter professor, engenheiro, tem que ter professor, então ai de vocês, se não fossem nós. Tem uma contribuição, e eu creio que nunca vai ter extinção de professor, assim tem uma áreas que professores, não querem mais, o inglês é mínimo, já como a física, a química, os professores não querem esse conteúdo, por acham dificéis, mas eu acho que nunca vai ficar em extinção, sempre vai ter um professor, para essa disciplina, né. Então vai ter o que, um aluno que futuramente vai desenvolver pra físca, vai querer ser um professor de física. Mas tem aqueles alunos que saem de ciclo, que dá aula de reforço de matemática, isso me emgrandece muito porque foi um aluno aplicado aqui no ciclo e já tá dando uma aula, professora to dando aula de reforço se a senhora souber de alguém por hora é tanto, então marco o horário, então esse aluno vai querer ser um professor, um educador, né, ele vai querer ser educador um dia, então a formação dele vai ser pra isso. Então se você, precisa de mais alguma coisa.