Narrativas de Professores de Língua Inglesa
Nome: Valéria (pseudônimo)
Idade: 24 anos
Tempo de estudo da Língua:14 anos
Narrativa coletada por: Vanessa Cristiane Rodrigues Bohn em novembro de 2005
Comecei a estudar Inglês por volta de 1990/91 eu comecei porque a principio me interessava essa coisa de aprender outro idioma e também porque meus amigos faziam, então aquela coisa da criança que quer seguir os coleginhas. Depois eu fiquei mais interessada ainda, no início era tudo meio que festa, eu estava lá porque meus colegas estavam e tudo novidade então tudo era legal, tudo era divertido, era aquela empolgação de primeira vez estar conhecendo coisa nova, nesse caso, totalmente nova, depois, mais tarde, eu fui ver que aquele aprendizado do início do meu curso era defasado porque o professora era “a quem” das habilidades de professores de Língua estrangeira, eu aprendi muita pronuncia errada, com relação à regra gramatical, esse tipo de coisa, não porque como era aula de Lingualismo, todo mundo era padrão, tinha o livro daqueles que falam até o momento de respirar, mas com relação a pronuncia eu era muito defasada porque a professora não tinha uma pronuncia boa, era daquelas que iam morar nos E.U.A, voltam e arrumam um emprego de professora de Inglês. A minha salvação foi que depois de muito tempo, eu já estava entrando no nível intermediário do Inglês, chegou uma professora que era nativa, então com relação à pronuncia ela não tinha problema nenhum e com relação também a gramática da Língua ela saberia como ensinar porque o livro falava o que ela tinha que ensinar e como ela deveria ensinar. Ela passou um semestre inteiro corrigindo a pronúncia de cada um, mas mesmo assim, ainda hoje eu tenho muita fóssil de pronuncia, muito fóssil lexical, eu tenho que me policiar para pronunciar várias palavras porque eu ainda pronuncio muita coisa errada daquela época e o método que eu utilizava para estudar Inglês fora da sala de aula era: eu lia, os exercícios, as lições, eu adorava ficar em casa lendo tudo de novo o que a professora dava em sala de aula, a professora dava os exercícios de redação ou então de copiar as lições que a gente aprendia porque na sala de aula era só “Listening” e “Speaking” então a gente ia para casa e copiava a lição para poder associar a pronúncia com a escrita. Ás vezes eu ouvia música mas eu nunca me interessei muito em ouvir música, eu ouvia mas nunca me interessei em estudar através de música estrangeira. Minha mãe tinha uma enciclopédia dessas que compra para ensinar Inglês em banca de revista e eu ouvia muito aquelas fitas, fazia muitos exercícios daqueles livrinhos, então a maneira que eu estudava era essa, eu conversava com meus colegas por telefone, os colegas que faziam Inglês na época, comigo, em Inglês, aquele Inglês todo errado, tipo: “I goed”... mas enfim, a gente conversava, um ia corrigindo o outro para a gente aprende mesmo e praticar, dentro da sala de aula a gente sempre conversava em Inglês num nível mais avançado do meu aprendizado.Essa professora que era bilíngüe era também nossa amiga, nossa sala só tinha 3 alunos ou 4 e nos 4 mais o professor éramos amigos íntimos então depois da aula a gente permanecia na sala de aula conversando sobre assuntos pessoais mesmo mas tudo em Inglês, era uma forma de a gente praticar, ás vezes na rua, a gente saía e conversava em Inglês, a gente sempre aproveitava as mínimas oportunidades que tínhamos. Depois veio uma outra professora que foi também muito interessante o meu aprendizado porque até então não tinha muito clara essa diferença de “Accents”, aí veio um outra professora que aprendeu Inglês em uma escola que ensina Inglês aproximando o sotaque britânico, então ela tinha uma aproximação muito grande com o sotaque britânico do Inglês. Aí ficou clara para a gente essa diferença grande que tem nos “Accents” e foi interessante porque ela trouxe amigos dela da Inglaterra, trouxe um amigo do país de Gales que veio dar aula para a gente veio visitá-la e a gente teve momentos de convivência, fizemos amizade e foi muito interessante essa experiência porque a gente pode ver realmente diferença do sotaque americano que a gente já tinha ouvido através das fitas ou então nos filmes e a diferença do sotaque britânico no qual a gente não tinha contato ainda.