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Narrativas coletadas por Andréa Santana Silva

 

NARRATIVA 23

Nome completo: Reinaldo
Idade: 26 anos
Escolaridade: Curso de Letras
Tempo de aprendizagem da língua: 10 anos
Narrativa coletada por Andréa Santana Silva e Souza em Junho/2010

Bom, eu comecei a estudar Inglês aos doze anos, por determinação da minha mãe. E, a princípio... Na época, eu já tinha interesse... Eu me interessava por línguas... Na escola, onde eu estudava... A gente tinha aulas de Espanhol, no começo, na sexta série. Então, eu não tive contato com Inglês. Depois, então, aos doze, comecei a estudar no instituto de idiomas XXXX. A minha mãe, na época, era monitora lá. Então, de qualquer forma, isso influenciou a decisão de onde estudar. Bom, aí, eu comecei o primeiro semestre e, a princípio, eu queria largar porque eu não gostava muito... Achava difícil. Não sabia se iria conseguir... Aqueles primeiros conflitos, não é? Aí, minha mãe não me deixou para e, obviamente, insistiu para eu continuar. Falou que desistir não era uma opção. E, aí, eu continuei. Já no segundo semestre (ou no terceiro, talvez), eu comecei a gostar mais porque aquilo começou a fazer mais sentido pra mim. Eu comecei a me desenvolver melhor – a formar frases, me comunicar mais efetivamente... Acho que isso foi fundamental para servir como fator motivador porque eu ouvia uma música, entendia alguma coisa... Esse tipo de coisa ajuda. Você vê tudo sendo aplicado na prática. Aí, eu continuei estudando. Estudei quatro anos no XXXX. Eu me cansei um pouco do método, na verdade... Da metodologia que era aplicada lá: aulas com repetições e tal. Eu cansei porque era a mesma coisa, assim: quatro anos de curso e era basicamente a mesma coisa. Aí, eu mudei. Fui fazer XXXX. Lá, eu me lembro que fazia o Preparatório para o FCE. Depois de um ano e meio, Acabou que eu nem fiz o teste, na época, porque coincidiu com o Vestibular. Mas, eu gostei muito das aulas porque eram poucos alunos e eu tive mais chances de praticar a fala. E... Porque, na outra escola, a gente não tinha muita abertura, a gente era meio ‘limitado’. Aí, foi isso... Estudei lá, no total deu uns cinco anos. Durante todo o processo, eu sempre gostei muito... Meu único problema foi o primeiro semestre. Depois, eu sempre gostei. Sempre foi uma coisa muito... Eu não sei de onde que é, mas nunca foi difícil pra eu aprender Inglês. Sempre foi um processo natural. Eu acho que porque, talvez, eu aprendesse com recursos fora do curso de Inglês, não é? Assim, música... Esse tipo de coisa me ajudou muito. Eu não ouvia música brasileira, na época. Assim, não muita... Só ouvia música internacional. Então, meu vocabulário era bom por causa disso. Isso me possibilitava alcançar, ou, dar passos longos, digamos assim. Bom, foi isso... Depois, eu larguei o Inglês – parei de estudar – quando eu entrei na faculdade. Aí, pronto. Não... Depois, fui dar aulas de Inglês aos dezoito anos. Comecei... Dei aulas e gostei muito... E fiquei fazendo faculdade – não era de Letras... Fiquei dando aulas de Inglês e tal. Aí, resolvi que precisava ir para o exterior para poder melhorar o Inglês... Fui morar na Inglaterra. Morei seis meses em Londres. Quando voltei, decidi que iria largar a faculdade de Geografia porque estava entrando num conflito: eu dava aulas de Inglês, estudava Geografia e não queria dar aulas de Geografia. Eu percebi que eu iria me formar naquilo, ter um diploma, e não teria experiência alguma na área. Falei: “Bom, já que eu tenho que fazer alguma coisa...” Até então, eu não era maduro suficiente, eu acho, para poder fazer meu papel direito. Eu achava que ‘dar aula de Inglês não era’... sei lá... ‘prestigioso’! Aí, larguei essa idéia medíocre, idiota, de que ‘Faculdade de Inglês não é boa’ e resolvi fazer. Entrei para a faculdade de Letras e permaneço... Continuo até atualmente. Vou me formar em Dezembro deste ano, daqui a um semestre. E... Mudei minha concepção de ‘dar aulas como algo medíocre’ eu sei que não é! ... E... Será que pulei alguma coisa de minha trajetória? Acho que não. Foi isso mesmo!