Narrativas Coletadas por Diógenes Lima
Idade: 21 anos.
Escolaridade: 3º grau incompleto.
Tempo de aprendizagem da língua estrangeira: 11 anos.
Acredito que, desde criança, tenho uma aptidão para a aprendizagem de línguas. Lembro-me de que, certa vez, eu, com uns seis anos de idade, ao encontrar um livro velho primário de Língua Inglesa, comecei a folheá-lo e a pronunciar, da forma como eram escritas, as palavras contidas nele. No entanto, somente mais tarde, quando entrei na 5ª série, é que comecei a estudar Inglês na escola. Demonstrei grande interesse pela disciplina. Sempre alcançava bom desempenho.
Da 5ª à 8ª séries, pude aprender muito mais do que o verbo “to be”, diferentemente do que ocorre com muitos alunos na escola, talvez porque, no meu caso, a professora e os alunos não mudassem tanto de uma série para outra. Por conta disso, era possível se manter uma continuidade nos estudos de Língua Inglesa, e não uma repetição. Isso me fez com que eu sempre tivesse o desejo de estudar a fundo a língua, a fim de que pudessem ser desenvolvidas em mim as habilidades de fala, escrita, leitura e compreensão auditiva. Cheguei a fazer um cursinho rápido oferecido pela própria escola, mas não foi suficiente para que eu alcançasse o meu objetivo. Nessa etapa, eu já possuía um vocabulário e um domínio das estruturas da Língua Inglesa razoáveis.
Quando iniciei o ensino médio, em outra escola, pude dar continuidade aos estudos de Língua Inglesa sem retomar repetitivamente ao famoso verbo “to be”. Procurava fazer da escola o meu cursinho de Inglês, já que eu não tinha condições de pagar um. Nesse período, aprendi muita coisa, por meio de leitura e interpretação de textos em Língua Inglesa, músicas e, como não poderia deixar de ser nas escolas, muita gramática. Com tudo isso, pude saber muito sobre a Língua Inglesa, mas não aprendi a utilizá-la para a comunicação efetiva por meio da fala. A fala era algo pelo qual me interessava bastante. Eu aproveitava, então, o meu gosto pela música, para que eu pudesse aprender, por conta própria, a pronúncia correta das palavras em Inglês, uma vez que a pronúncia era, e continua sendo, uma atividade deixada em segundo plano pelos professores de Língua Inglesa do ensino regular.
Todavia, o meu conhecimento de Língua Inglesa foi suficiente para que eu pudesse fazer uma boa prova de Língua Inglesa no vestibular para Letras com Inglês. Quando entrei na universidade, paralelamente iniciei um curso particular de Inglês, um antigo sonho. Descobri que falar Inglês não era tão difícil como eu imaginava. O estudo da Língua Inglesa na universidade e no curso particular me ajudou a aprimorar, ou melhor, a desenvolver, a minha tão sonhada habilidade de fala, além das outras três, quais sejam de escrita, compreensão auditiva e leitura, que constituem a competência linguística em uma língua.
Hoje, apesar de ter muito ainda a aprender e a aprimorar, e acredito que tal aprendizado nunca se findará, me sinto seguro para poder atuar como professor de Língua Inglesa e para colocar em exercício a minha competência linguística nessa língua quando as situações o exigirem.